Venci o Bullying
Olá, eu sou a Mariana, e fui vítima de bullying.
A minha história começa aos 14 anos, quando andava no 8º ano.
Tinha acabado de me mudar de escola, pois não me estava a conseguir integrar na outra e os meus pais achavam que o melhor a fazer seria mudar. As minhas notas não eram as melhores, digamos que não era a pessoa mais inteligente. Era desleixada e não me preocupava muito com a minha aparência, já tinha ouvido alguns comentários negativos, porém, eu ainda era muito nova para me importar e também não eram comentários muito agressivos.
Mas tudo
mudou quando comecei a entrar na fase da adolescência, onde realmente os
comentários começaram a influenciar a minha autoestima.
Tinha acabado
de sair do 7º ano quando fui para a escola que me mudou por completo.
Na minha
turma havia uma menina que começou a gozar comigo. No início, achava que era
apenas uma brincadeira até começar a ser sistemático. Gozava com o facto de eu
ter sobrancelhas grossas e por andar sempre com o cabelo desarrumado.
Quando
começou a ser sistemático e me começou realmente a afetar, que foi na época da puberdade, onde qualquer comentário
negativo nos toca, comecei a entrar num estado de profunda tristeza, pois não me
conseguia defender, já que para além
de ser uma contra muitos, tinha muita vergonha. Quando chegava a casa chorava
sozinha no quarto e perguntava-me o que tinha feito de errado para merecer o
que se estava a passar comigo. Mas houve um dia em que a minha avó, que me é
muito querida até hoje, me deu uma lição que mudou a minha maneira de pensar. A
frase de que me lembro, e que nunca mais me saiu da cabeça, e que foi
responsável pela minha mudança foi: “Não deixes que o ruído da opinião alheia te
impeça de escutar a tua voz interior”.
Passei o fim
de semana inteiro a pensar sobre isso e decidi que não iria ligar mais para o
que os outros diziam. E assim fiz!
No dia
seguinte, fui para a escola e, logo na primeira aula, a menina veio ter comigo
e, mais uma vez, disse que eu parecia uma bruxa com o cabelo como estava. Olhei
para ela já farta daquela brincadeira toda e, sem dizer uma única palavra,
passei por ela, ignorando-a. Ela ficou indignada e ainda mais irritada por eu
não ter reagido e, então, sentou-se na mesa dela e começou a aula como se nada
tivesse acontecido.
A partir
desse dia, os insultos foram abrandando, não de uma vez só, porém, chegou a um
momento que parou.
E foi então
que percebi que as pessoas amadurecem quando todos falam mal de nós e
simplesmente ignoramos, porque temos de entender que a opinião dos outros é um
problema deles e não nosso.
Letícia Alves e Lara Barbosa
Vítima de Bullying: para a vida
Olá, eu sou a Joana Flor, tenho 15 anos e fui
vítima de Bullying. Frequentava a escola José Martins 2,3 Básica Viana do
Castelo. Sofri bullying porque, aos meus dois anos,
eu já tinha a doença diagnosticada (a Obesidade).
Ao
longo do meu percurso escolar e, por causa do peso, tinha dificuldades em me
deslocar. Eu era “fora do padrão
da sociedade”! Vivenciei maus-tratos dos colegas da escola que, por ser
gordinha, me chamavam “baleia”, o que me fazia sentir muito mal. Para além
disso, ninguém gostava de mim. Como sou extremamente tímida, estava sempre
sozinha nos intervalos, nunca entrei no grupo das brincadeiras das minhas
colegas. Quando estava a lanchar, vinham-me tirar o lanche, porque diziam que
não precisava de comer que já estava gorda que chegasse.
Tudo isto fez com
que começasse a perder cada vez mais a minha autoestima. Falei com os meus pais,
que não estava bem com o meu corpo, eles levaram-me a um nutricionista, comecei
a fazer dieta, mas não aguentei.
Os anos foram
passando e, com apenas 16 anos, tinha 90kg. Fui internada e sujeita a
tratamentos durante 2 anos. Aos 18 fiz uma operação, a lipoaspiração, e o meu
sonho realizou-se.
Fiquei com 70kg. A recuperação foi lenta, ganhei força de
vontade e fiz a dieta.
Entrei no padrão da sociedade, mas continuo a
ser acompanhada, pois não consigo superar o trauma vivido na escola! Hoje,
tenho fobia social, mas espero, no futuro, poder ter uma vida “normal”.
Bullying por
não ser português
José era um rapaz brasileiro, que, em
2016, veio do Brasil para Portugal, ficando a viver em Setúbal, Lisboa. Esse
ano foi muito difícil para ele, pois por ser brasileiro, foi vítima de
preconceito! Os colegas atiravam-lhe comida podre, chegando a ameaçá-lo de morte,
apenas por ser brasileiro.
Face a esta situação, o José foi
apresentar queixa aos professores e aos funcionários da escola, mas estes
ignoraram as suas queixas.
Os pais queixaram-se ao diretor, mas
nada mudou. Perante esta falta de atenção por parte dos professores e
funcionários, José e a sua família viram-se obrigados a procurar outra cidade
para morar. Os pais decidiram procurar uma cidade pequena, calma, onde o seu
filho pudesse estudar e ser respeitado.
Hoje, José frequenta uma escola
tranquila, que o aceita como igual, pois afinal, a única coisa que o diferencia
é a sua nacionalidade.
Victim of Bullying: let her be an Angel
She was the most precious human being I have ever met. Even though she
was shorter, darker, and a bit overweight, she never let that stop her from
being the most joyful person I have ever met.
Some people had a problem with her being different, so they bullied her. They hit her, spat on her, through all types of foods and drinks
at her, pushed her into hard surfaces, knocked everything out of her hands; all
the time, locked her in rooms around the school and they never even had a
conversation with her.
One day she was walking home from school and realized they were
following her. She started running towards her house, but they were faster than
her. They hit her until she fell onto the sandy ground and started to kick her;
until she started spitting out blood.
After 3 years of being bullied by these people, she decided to speak up
and ask for help after being in the hospital for 2 months, recovering from her
last beat up from them.
No one helped her, no one believed her, no one saved her. She decided to
take her own life a few weeks after leaving the hospital. After they beat her
up, for one last time, she went home and hung herself in the garage. Her mom
found her and the note she had left behind.
After the whole school found out at the assembly, no one was ever the
same. The people that bullied her got expelled from school and no one saw them
ever again.
We lost a true angel that did not deserve any of that horrible
treatment. She will be missed. Rest in peace, Angel.
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