Na
passada terça-feira, assisti a uma palestra sobre a temática: “Tráfico de seres
humanos”. Além de me ter informado bastante sobre esta sombria atividade,
deparei-me com a verdadeira realidade. A realidade de que o mundo é um lugar
iluminado já não prevalece tanto na minha memória, mas sim um mundo onde nós-
seres humanos- somos tão “valiosos” como uma banal mercadoria.
O
tráfico humano tem imensas vertentes nas quais se inclui o trabalho infantil,
serviços sexuais, serviços domésticos, escravatura e até mesmo a remoção de
órgãos. A tendência destes crimes é para aumentar, globalmente, uma vez que o
seu principal objetivo é o lucro, o que me deixa, como espetadora destas
atrocidades, completamente abismada. Deixa-me incrédula a forma como a raça
humana consegue provocar tanto sofrimento a pessoas que estão em situações
frágeis, aproveitando-se justamente disso para cercá-los com sonhos e desejos
que não passam de uma ilusão. Não consigo imaginar a dor, a aflição de que
homens, mulheres e crianças sentem diariamente, talvez lhes pareça que já não
há esperança e por persuasão psicológica dos agressores, estes perdem o sentido
de viver, porque no final de contas as vítimas não estão a viver, mas a
sobreviver.
O
tráfico de seres humanos é um crime desumano de caráter impiedoso e horrendo,
referindo que a maioria das pessoas não estão conscientes sobre o assunto e
como consequência não existe mudança. Isto adoece almas e mata vagarosamente a
mente de quem é vítima e quem está informado sente-se inútil por não conseguir
ajudar.
Agradeço
por ter visto esta palestra porque finalmente me abriu os olhos sobre a
capacidade da Humanidade em praticar o mal e para dar valor à vida que tenho.
Beatriz Sousa, 10LH3, 2018-2019
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