domingo, 14 de abril de 2019

Reflexão pessoal - LIBERDADE


Sempre ouvi falar em Liberdade. Daquilo que ela representa e da sorte que tenho em poder, livremente, afirmar que sou livre. Não imagino um mundo sem ela. Não faz – e espero que nunca venha a fazer – parte da minha realidade.
Desde cedo que a liberdade de expressão, de pensamento e a igualdade me foram incutidas de diversas formas. Sempre aceitei e, de facto, sou uma sortuda por ter acesso a esta bênção. Quando, por algum motivo, a me repreendem, sinto-me inconformada e injustiçada.
Mas, nem sempre foi assim. Para eu conseguir ter esta maravilhosa dádiva, outros tantos inconformados, como eu, morreram, foram presos, maltratados e excluídos para que a liberdade fosse implantada no nosso pequenino país. Graças aos corajosos que levantaram a voz quando eram impedidos de falar, por causa daqueles que se moveram quando tinham quilos de ignorância atados a si, por mérito da população que vivia inquieta e ansiosa pela mudança, deu-se a revolução da nossa vida. Conseguimos!
No entanto, nem tudo é tão linear quanto parece. E jamais se julgue que a liberdade está instalada porque não nos está garantida! A barreira está lá, mas aparece-nos disfarçada. Todos os dias somos invadidos e enganados pelos diversos meios de comunicação, pelas redes sociais, pelo nosso amigo mais próximo. É preciso cuidado! É preciso coragem! É necessário ter noção dos perigos que existem e que comandam a sociedade. O mundo não é fácil. E é indispensável a consciência moral e social. Só vive feliz quem vive na ignorância. Ainda assim, temos que viver intensamente, com paixão, com vivacidade e veracidade.
Estamos melhores, mas não estamos bem! Vivemos, ainda hoje, num mundo de corrupção, de abandonos sociais, de má aplicação do dinheiro. E, perante isto, não podemos baixar os braços. É preciso continuar a lutar, dia após dia desde o dia vinte e cinco de Abril de mil novecentos e setenta e quatro.


“Ser português é ter na guelra o sangue quente arrefecido por uma ditadura. Ser português é ter poesia de revolução e fazê-la sem violência e de cravo na mão.”
[“Ser português é...” de Guilherme Duarte]

                                                                                  Teresa Cunha, 11LH5, 2018-2019

O 25 de Abril foi um ponto de viragem relativamente a ideais, mentalidades e regime político. Contribuiu para uma sociedade livre, com direito a expressar-se e pensar livremente. Um dia vincado pelo fim da ditadura e pela valorização dos direitos do cidadão.
É inevitável relembrar aqueles que, num momento muito importante da nossa História, se arriscaram em prol de ideais maiores, com um espírito de coragem e humildade, desafiando um regime altamente repressivo que submeteu o povo português à ignorância, censurando tudo aquilo que não convinha ao governo e pondo em causa os direitos humanos.
Efetivamente, o 25 de abril contribuiu para a sociedade em que todos nós vivemos, porém, este trabalho fez-me entender que os princípios inerentes à Revolução têm sido progressivamente esquecidos. A verdade é que a ditadura existe, não em termos de comparação ao regime salazarista, no entanto, ela está camuflada em diversos elementos e meios de comunicação presentes no nosso quotidiano e, neste sentido, os testemunhos fizeram-me consciencializar de que a liberdade é um trajeto longo, não é um processo efetivo nem tão pouco repentino, por isso, é essencial todos os dias fazermos valer os nossos direitos e respeitarmos os outros, não os submetendo aos nossos interesses.

Em suma, é necessário valorizar e preservar nas nossas mentes o nosso passado político, uma vez que foi ele próprio que nos tornou no que somos hoje e, como tal, devemos abandonar a conformidade e lutar pela liberdade e pela igualdade dia após dia, de modo a não cometermos os mesmos erros do passado.
                                                                             Bruna Salgado, 11LH5, 2018-2019

Ao longo do tempo, vim realizando inúmeros trabalhos sobre diversas obras, desde textos narrativos, a poemas e, por fim, teatro. Este foi sem dúvida o trabalho mais árduo, porém o mais interessante e com o qual enriqueci mais a nível histórico e literário.
Alexandre O´Neill, foi o inesperado, uma vez que não contava deparar-me com a poesia magnífica deste, mergulhada em plena ironia, desespero, nojo e tremendamente humana. Posso afirmar que foi um enorme privilégio estudar os seus poemas e a sua vida e é, sem dúvida, a meu ver, um dos melhores poetas portugueses.
Em relação ao conhecimento do passado histórico, revivi, aprendi e modifiquei a minha opinião face ao 25 de abril de 1974, pois refleti sobre os objetivos desta revolução no presente, na qual achei afincadamente que necessitamos de trabalhar muito neste aspeto ou talvez precisemos de uma nova Revolução dos Cravos.
Concluindo, foi um trabalho repleto de aprendizagem e de regresso ao passado dos meus antecedentes antepassados e de uma verdadeira reflexão sobre o nosso mundo e o futuro do mesmo. Também foi bastante interessante pelas diferentes ferramentas usadas para a construção do projeto final, desde os poemas, as pesquisas, a interação com as pessoas que presenciaram o antes e depois do 25 de abril de 1974, e, por último, a arte.

                                                                                    Cláudia Costa, 11LH5, 2018-2019





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