Sempre
ouvi falar em Liberdade. Daquilo que ela representa e da sorte que tenho em poder,
livremente, afirmar que sou livre. Não imagino um mundo sem ela. Não faz – e espero
que nunca venha a fazer – parte da minha realidade.
Desde
cedo que a liberdade de expressão, de pensamento e a igualdade me foram
incutidas de diversas formas. Sempre aceitei e, de facto, sou uma sortuda por
ter acesso a esta bênção. Quando, por algum motivo, a me repreendem, sinto-me
inconformada e injustiçada.
Mas,
nem sempre foi assim. Para eu conseguir ter esta maravilhosa dádiva, outros
tantos inconformados, como eu, morreram, foram presos, maltratados e excluídos
para que a liberdade fosse implantada no nosso pequenino país. Graças aos
corajosos que levantaram a voz quando eram impedidos de falar, por causa
daqueles que se moveram quando tinham quilos de ignorância atados a si, por
mérito da população que vivia inquieta e ansiosa pela mudança, deu-se a
revolução da nossa vida. Conseguimos!
No
entanto, nem tudo é tão linear quanto parece. E jamais se julgue que a
liberdade está instalada porque não nos está garantida! A barreira está lá, mas
aparece-nos disfarçada. Todos os dias somos invadidos e enganados pelos
diversos meios de comunicação, pelas redes sociais, pelo nosso amigo mais
próximo. É preciso cuidado! É preciso coragem! É necessário ter noção dos
perigos que existem e que comandam a sociedade. O mundo não é fácil. E é
indispensável a consciência moral e social. Só vive feliz quem vive na
ignorância. Ainda assim, temos que viver intensamente, com paixão, com
vivacidade e veracidade.
“Ser português é ter na guelra o sangue quente arrefecido por
uma ditadura. Ser português é ter poesia de revolução e fazê-la sem violência e
de cravo na mão.”
[“Ser português é...” de Guilherme Duarte]
Teresa Cunha, 11LH5, 2018-2019
Cláudia Costa, 11LH5, 2018-2019
O 25 de
Abril foi um ponto de viragem relativamente a ideais, mentalidades e regime
político. Contribuiu para uma sociedade livre, com direito a expressar-se e
pensar livremente. Um dia vincado pelo fim da ditadura e pela valorização dos
direitos do cidadão.
É
inevitável relembrar aqueles que, num momento muito importante da nossa História,
se arriscaram em prol de ideais maiores, com um espírito de coragem e
humildade, desafiando um regime altamente repressivo que submeteu o povo
português à ignorância, censurando tudo aquilo que não convinha ao governo e
pondo em causa os direitos humanos.
Efetivamente,
o 25 de abril contribuiu para a sociedade em que todos nós vivemos, porém, este
trabalho fez-me entender que os princípios inerentes à Revolução têm sido
progressivamente esquecidos. A verdade é que a ditadura existe, não em termos
de comparação ao regime salazarista, no entanto, ela está camuflada em diversos
elementos e meios de comunicação presentes no nosso quotidiano e, neste
sentido, os testemunhos fizeram-me consciencializar de que a liberdade é um
trajeto longo, não é um processo efetivo nem tão pouco repentino, por isso, é
essencial todos os dias fazermos valer os nossos direitos e respeitarmos os
outros, não os submetendo aos nossos interesses.
Em suma, é
necessário valorizar e preservar nas nossas mentes o nosso passado político,
uma vez que foi ele próprio que nos tornou no que somos hoje e, como tal,
devemos abandonar a conformidade e lutar pela liberdade e pela igualdade dia
após dia, de modo a não cometermos os mesmos erros do passado.
Bruna Salgado, 11LH5, 2018-2019
Ao
longo do tempo, vim realizando inúmeros trabalhos sobre diversas obras, desde
textos narrativos, a poemas e, por fim, teatro. Este foi sem dúvida o trabalho
mais árduo, porém o mais interessante e com o qual enriqueci mais a nível
histórico e literário.
Alexandre
O´Neill, foi o inesperado, uma vez que não contava deparar-me com a poesia
magnífica deste, mergulhada em plena ironia, desespero, nojo e tremendamente
humana. Posso afirmar que foi um enorme privilégio estudar os seus poemas e a
sua vida e é, sem dúvida, a meu ver, um dos melhores poetas portugueses.
Em
relação ao conhecimento do passado histórico, revivi, aprendi e modifiquei a
minha opinião face ao 25 de abril de 1974, pois refleti sobre os objetivos
desta revolução no presente, na qual achei afincadamente que necessitamos de
trabalhar muito neste aspeto ou talvez precisemos de uma nova Revolução dos
Cravos.
Concluindo,
foi um trabalho repleto de aprendizagem e de regresso ao passado dos meus
antecedentes antepassados e de uma verdadeira reflexão sobre o nosso mundo e o
futuro do mesmo. Também foi bastante interessante pelas diferentes ferramentas
usadas para a construção do projeto final, desde os poemas, as pesquisas, a
interação com as pessoas que presenciaram o antes e depois do 25 de abril de
1974, e, por último, a arte.
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